Leis da Natureza

Não me sinto completa

Nem tão pouco deserta

Mas com tanta eficácia

Foi descendo pela falácia

Viva ao corte profundo da montanha

Que lá do vale me deixou ver

A tanta luz que me acompanha

Dor leve de prometer

Cores múltiplas de prazer

No caos da solidão irei conter

As tantas almas desvairadas

Perdidas e queimadas

Tudo girassol  em busca do sol

Como se tudo fosse substancial

A tua busca torna-se crucial

Tudo a correr atrás, na procura eterna

De vida completa e sem vermelho

Tudo com a sua lanterna

Em busca de um som alheio

Em sua mão prudente

Com seu odor influente

Traz um grande ver

De raro amplo ser

Não esperando nunca por sua estrada

De encanto com seu grande solário

Ilusão minha, na rua só e frustrada

Quem me manda chamar o imaginário?

Já basta o barulho ensurdecedor do silêncio

De voz escondida no mar imenso

Tudo retorna ao seu início

Quando se lançava a jogada do bom senso

Suas lágrimas foram desfeitas

Bem sabe a que estão sujeitas

Foram trazidas de marés rejeitadas

Por oceanos de mãos e costas atadas

Abandonadas por correntes

Salvando apenas suas sementes

Mais tarde usadas  de novo

Como suas pertencentes